A Folha Online e o webjornalismo

"Navegar" pelo site Folha Online sob a luz do texto "Características e implicações do jornalismo na Web" de Luciana Mielniczuk é um exercício interessante de análise sobre as principais características (segundo alguns estudiosos) do webjornalismo que esse portal virtual de informação apresenta. Algumas dessas caracterísicas estão mais visíveis, enquanto outras não tiveram a mesma atenção. Bem, vamos a elas, uma a uma:

• Interatividade: nesse quesito, que consiste na maior 'participação' do leitor/usuário no processo da notícia, a Folha Online possui uma qualidade média de serviço, pois tem somente os serviços básicos (para as potencialidades atuais na net) de comunicação com o público: e-mail, fóruns de debate, seções de Fale Conosco e postagens de comentários, algumas enquetes, etc. Não é possível para o leitor, porém, interferir mais ativamente na produção das notícias, como é visto em outros sites no mundo.
• Personalização: o site da Folha é segmentado em vários assuntos que o leitor pode escolher durante o ato da navegação e de acordo com suas preferências, a maneira de um jornal impresso. Dentro dessas divisões, o usuário pode encontrar produtos à venda relacionados àquele assunto. Por exemplo, na seção de esportes estão anúncios de camisas de times de futebol e livros esportivos.
• Hipertextualidade: esse traço é bem marcante no site, como seria natural de se esperar. Seu emaranhado de notícias e manchetes são interligados por uma imensidaõ de links, que são bastante úteis, mas ás vezes chegam a atrapalhar pela sua grande quantidade.
• Multimidialidade/Convergência: outro ponto a favor da Folha Online. Muitos textos são auxiliados ou completados por vídeos ou trechos em áudio de entrevistas, além do site ter vários podcasts. Certamente uma das vantagens do webjornalismo em relação as outras mídias.
• Memória: o acervo de material de publicações anteriores do site é vasto e o sistema de busca bem funcional. Nesse quesito a Folha é bem completa.

Ademais, o site possui um home page um tanto confuso pela profusão de manchetes, textos, boxes e anúncios em um mesmo espaço, mas o bom conteúdo da Folha faz compensar a visita ao seu portal digital, certamente um dos mais importantes no webjornalismo do país.

Algumas considerações sobre o webjornalismo

O webjornalismo é a mais nova forma de expressão que as empresas jornalísticas, de todos os portes, encontraram para manter uma relação mais próxima e interativa com o cliente/usuário, a fim de perpetuar sua própria existência e importância nesses tempos integração e rapidez virtual.

Fruto do desenvolvimento da Web no início dos anos 90, o webjornalismo ou ciberjornalismo, na sua versão primitiva era apenas uma reprodução do jornal impresso para o computador, não permitindo ao leitor conectividade, de qualquer espécie, com a publicação ou o jornalista. Com o tempo, e na medida que a Internet foi se aperfeiçoando, novas estruturas foram agregadas a esse formato, iniciando um processo de interatividade, a exemplo do e-mail, fóruns de debates e links de outras notícias. Através desses, o leitor passou a ter um papel mais atuante na informação, discutindo sobre ela e compartilhando opiniões com o jornalista e outras pessoas. Chegamos então ao momento atual, no qual vivemos o esplendor da Internet e a consolidação do webjornalismo. Por interesses de empresas e editoras, que viram potencial econômico nessa vertente, esse desvinculou-se do jornal impresso e passou a ter conteúdo próprio, além de ter expandido ainda mais a interatividade com o leitor, que passou ser também um colaborador. O webjornalismo ganhou espaço entre as mídias e hoje é uma das mais importantes fontes de informação, incorporando também outros recursos, como o áudio e vídeo de alta qualidade.

Com o advento do jornalismo feito para a Web e pela maneira como ele revolucionou várias teorias, muitas questões foram levantadas, como a validade e a importância que as formas de jornalismo mais antigas (impresso, de TV , rádio, etc) ainda teriam diante dessa nova realidade e até a utilidade do jornalista, em um mundo no qual qualquer pessoa pode transmitir informações a outras em tempo real pela internet. O webjornalismo, no entanto, não irá sepultar as outras formas de comunicação nem descreditar o trabalho do jornalista. Tudo é uma questão de se adaptar aos novos meios de informação e criar formas diferentes de atrair o público.

A tecnologia e a humanidade

O homem moderno (ou pós-moderno, chamem como quiser) parece ter incorporado um novo componente às suas funções vitais: o fator virtual. De fato, muitas pessoas atualmente elencam o estar online, através de aparelhos que disponibilizam essa conectividade em rede, como o celular ou o computador, um papel tão (ou até mais) importante em suas vidas quanto comer ou dormir. É difícil para nós próprios nos imaginarmos um longo tempo sem esses instrumentos tão fundamentais nas várias relações sociais que empreendemos no cotidiano, às vezes como se eles fossem extensões do nosso corpo.

Tudo isso foi para demonstrar a importância desses inventos na nossa sociedade, sendo que há cerca de 20 anos eles sequer eram correntes nela. Antes deles, surgiram a televisão, o rádio, o telefone, e cada uma dessas tecnologias a sua maneira mudou visões de mundo, comportamentos e quebrou paradigmas. Se formos (bem) mais atrás nessa linha do tempo da evolução tecnológica, encontraremos na pré-história, os primeiros seres humanos inventando a técnica de manuseio do fogo. Com o controle do fogo, os homens puderam usá-lo para se proteger de animais de grande porte, cozinhar alimentos e se aquecer em épocas de inverno. A partir desse ponto histórico, pode-se citar algumas das invenções que mais revolucionaram a humanidade.

A exemplo da roda, que para alguns ainda é a maior invenção tecnológica de todas, pela sua simplicidade e ao mesmo tempo pela funcionalidade que ela tem até hoje, influenciando os sistema de transporte, os instrumentos de tração e até os motores mecânicos.

A escrita, sem dúvida, é das criações humanas uma das mais importantes, pois sem ela o que se conhece por "mundo" hoje não existiria, já que as bases da nossa organizaçã0 social, cultura e religião são dependentes dessa forma de comunicação.

Indo bem a frente no tempo, até 1440 para ser mais exato, tem-se a invenção da imprensa pelo alemão Gutenberg. Antes dela, os livros eram artigo de luxo e só podiam ser possuídos por uma classe enriquecida e dententora do poder político e econômico. Desde então, os livros se difundiram pelo mundo de uma forma mais democrática e a leitura se tornou um fato mais comum e menos elitista.

A data de 1879 é muito significativa no curso da humanidade, porque naquele ano Thomas Edison inventava a primeira lâmpada economicamente viável, possibilitando assim que a luz elétrica se popularizasse e redefinisse padrões sociais, como o costume de não sair à noite devido à extrema escuridão.

Merece destaque também a invenção do primeiro avião, em 1906 por Santos Dumont, que da mesma forma que os navios criados há séculos diminuiu o tempo de viagem entre dois lugares. Adentramos aí no ainda recente século passado (XX) o qual nos trouxe grandes tecnologias facilitadoras da comunicação e interação com todo o mundo, a exemplo da televisão, do rádio, da internet e do celular, já citados anteriormente e fechando nosso ciclo de tecnologias revolucionárias. Daqui para frente ainda é difícil prever qual será o próximo passo que o homem dará rumo ao aprimoramento tecnológico, mas esperamos a resposta ansiosos.

Começando pelo começo ...

Bem, meu nome é João Cunha, 18 anos, recém-chegado ao curso de Jornalismo da UFPa.



Com certo atraso e depois de alguns problemas com a conexão da Internet (finalmente resolvidos!), inicio esse blog, parte da disciplina de Informática Aplicada da professora Kalynka Cruz, que tem como função relatar minhas experiências como calouro de Comunicação, além de outras utilidades que surgirão com o decorrer da matéria.



Em comparação a outros colegas de curso, devo ser considerado um semi-analfabeto em Informática, do tipo que só sabe as funções básicas da Internet (Orkut, MSN e afins) e desconhece design gráfico e outros programas, deu para perceber pela precariedade do layout, né? Mas, tudo bem, eu espero aprender cada vez mais sobre esses assuntos e melhorar o blog.



Para ser sincero, em termos de escrita, faço mais o estilo old school, daqueles que redige no papel e depois passa para o computador. Apesar disso, sempre tive uma vontade imensa de ter um blog pessoal, mais informal. Quem sabe esse não seja o primeiro passo para tê-lo e poder escrever nele sobre coisas do meu interesse, como música, cinema e literatura?



Quanto o curso em si, estou curtindo cada momento, desde as aulas até o convívio com as pessoas, que são muito interessantes. Os professores são muito bons e as matérias fascinantes, até Informática, que era o meu maior anseio e ao mesmo tempo expectativa, conseguiu superar as minhas conjecturas, já que a professora Kalynka primeiro apresentou várias teorias sobre o assunto, ao invés de começar pelo trabalho maquinal, o que me agradou bastante.



Por enquanto é só, sejamos bem-vindos a esse novo mundo universitário!